17 de mai. de 2015

MUSICOTERAPIA NA SAÚDE MENTAL


A música e seus elementos sonoros são compostos pela junção de várias notas, sons, ruídos e silêncios (pausas), elementos esses que a Musicoterapia utiliza como objeto terapêutico facilitador, que ressoa com os ritmos inatos. Ritmos estes que produzem uma sonorização interna individual, pulsação cardíaca, por exemplo. Assim a música se apresenta como expressão singular em sua dupla dimensão externa e interna, tendo um papel de suma relevância, por constituir-se como um elo entre o mundo interno do paciente e a realidade que o cerca. Com essa singularidade, potenciais criativos podem ser desenvolvidos através da linguagem sonora, reestruturando-se a subjetividade, a autonomia e a cidadania.

O musicoterapeuta trata o individuo por meio da música interna e externa, como uma forma de expressão “normal e única” de suas emoções, seja qual for o quadro clinico que ele apresente. Pois há melodias, sons, ruídos, harmonias, consonâncias e dissonâncias que para ele são importantes e demonstram quem o sujeito é.

A música permite uma forma diferenciada de comunicação, junto a pacientes sofrendo de inibição psíquica ou presa a mecanismos psíquicos de introversão, proporcionando a eles significações e assim, a conscientização do EU. Essa conscientização é etapa fundamental para a construção autônoma do sujeito.


A importância da Musicoterapia no tratamento do sujeito que está em sofrimento psíquico é de uma atuação singular, pois por meio da arte interna onde ocorre a produção sonora através dos elementos musicais que o rodeiam, como a voz, o corpo, os instrumentos musicais e o silêncio. Desta arte, oferece-se ao sujeito a intermediação entre ele e a relação supostamente ameaçadora, além de um acolhimento, despertando, assim, o incentivo à comunicação. A música propicia o rompimento da barreira de incomunicabilidade em uma transformação e aceitação da expressão sonoro-musical, conduzindo ao encontro do Eu, modificando o contexto biopsicossocial.