10 de mai. de 2014

MUSICOTERAPIA - "A SINFONIA DA VIDA"





"A Sinfonia da Vida" demonstra nitidamente que o ser humano possui uma música individual que já é produzida dede o feto. 
Quando digo aos meus pacientes, durante as sessões de musicoterapia, que o que estamos vivenciando é a produção sonora de quem e o que somos, estamos compondo a orquestra da nossa vida!....

Som é uma oscilação mecânica, que compreende perturbações no ambiente, na forma de ondas, que vibram a qualquer partícula elementar do universo e são percebidas através das alterações na pressão atmosférica. São capazes de estimular o sistema auditivo e corporal, com uma ocorrência repetida dentro de uma certa freqüência, “A vibração é uma característica física” (Wisnik, 2001; Lent, 2005; Carrer, 2007).
O som se propaga, em maior velocidade, nos meios sólidos, e é um sinal que passa através da matéria modificando-a e inscrevendo nela, de uma forma fugaz, o seu desenho. Ao se emitir um som contínuo, a quantidade de energia sonora ocorre em inúmeros ciclos de variação de amplitude, mantendo-se constante, representando a densidade de
partículas em movimento.
Com o aumento na intensidade do som, as vibrações produzem as chamadas ondas sonoras (Lent, 2005). Essas vibrações têm uma grande influência no ser humano, tanto do ponto de vista físico, por meio das ondas sonoras de baixa freqüência, que penetram no corpo através da pele, quanto aos efeitos psíquicos provocados pelo repertório musical e pelas vibrações sonoras, selecionadas para a aplicação das práticas musicoterapêuticas (Wisnik, 2001; Carrer, 2007).
As vibrações percebidas são capazes de estimular o sistema auditivo, provocando uma percepção auditiva, como tons, ritmos, timbre de diversos instrumentos (Lent, 2005). Os tons das escalas musicais são frequências que diferem por intervalos musicais determinados, segundo as preferências culturais de cada povo e de cada época histórica (Carrer, 2007).
O movimento das partículas transporta e transmite a vibração que é transmitida para a atmosfera sob a forma de uma propagação ondulatória, que o nosso ouvido é capaz de captá-lo e que o cérebro a interpreta, dando-lhe configurações e sentidos. Pode-se notar também diferentes sons musicais e ruídos, embora sejam muito parecidos. Quando falamos em música, há várias ondas sonoras sobrepostas de forma organizada; já os ruídos são grupos complexos de ondas sonoras, emitidas de forma desorganizada, estranhos à nossa audição, sendo muitas vezes desagradáveis (Carrer, 2007).
Segundo Bruscia (2000), 
“a música é uma instituição humana na qual os indivíduos criam significação e beleza através do som, utilizando as artes da composição, da improvisação, da apresentação e da audição. A significação e a beleza derivam-se das relações intrínsecas criadas entre os próprios sons e das relações extrínsecas criadas entre os sons e outras formas de experiência humana. Como tal, à significação e a beleza podem ser encontradas na música propriamente dita (isto é, no objeto ou produto), no ato de criar ou experimentar a música (isto é, no processo), no músico (isto é, na pessoa) e no universo”.