25 de ago. de 2015

Miguelito escreve uma carta para Mafalda




Miguelito escreve uma carta para Mafalda

"En este dia tan especial me acordé de tu cumpleaños...Cómo pasa el tiempo! Nacimos en el corazón de um país que soñaba. Cuántas utopias! Cuántas deseos de crer, de mejorar las cosas!
Nos tocó convivir con un tiempo de hombres creativos: Luther King, Che Guevara, Juan XXIII, John Kennedy; nos trasmitieron el sentido de la justicia, el valor de los sentimientos, la maravilhosa aventura de pensar con la propria cabreza...
Ayer me perguntaba por nuestra amiga Libertad, auqella pequeñita que un dia encontraste en una playa, no me acuerdo si era Santa Teresita o Mar del Tuyú, me acuerdo todavía cuando la presentaste a tus padres...Era vivaracha y quemadita por el sol de febrero. Dónde vive Libertad? Es verdad que la mataron durante la dictadura? Dicen que la torturaron y su cuerpo desapareció en Rio de la Plata...Me cesta pensar que se murieron sus sueños. Y si vive? Estará filosofando sobre la fragilidad de las cosas y el sentido de la vida? Qué fue de susanita? Se casó? Pudo realizar su vocación ser madre? La imagino vivendo en alguna ciudad de provincia, paseando del brazo del marido (un hombre bajo y calvo) en una tarde de verano, contenta con sus hijos y cuidando el primer nieto, realizada como tantas comunes mujeres...
Supe de Manolito, que perdió sus ahorros durante el corralito y no soportó tanta crisis. Los últimos días lo vieron cabizbajo, murmurando palabras incoherentes, abandonado como un mendigo en una estación de trenes, triste y abatido como tantos...
Sé que Felipe vive en La Habana, que probó con el cine, que tiene un taxi y que habla a los turistas de Fidel y de la revolución con el mismo entusiasmo de cuando vivía en Buenos Aires...
A Guille, tu hermano, lo escuché tocar, hace poco, en la Scala de Milano. Vive en Ginebra, nunca se arrepiente de haber emigrado en los últimos anõs de Alfonsín, me contó que es feliz con su nueva pareja...
Y vos, querida amiga, cómo estás? Hace tanto tiempo que no tengo noticias tuyas. Sé, por otros, que seguís escuchando la radio, que lees los diarios del mundo, que te duele el Irak como te dlía Vietnam, sé que trabajas para la FAO por los pueblos del hambre, que estás indignada por la prepotencia de Bush. Me llegó tu pedido para juntar medicinas para los Médicos sin Fronteras, sé que siguen las reuniones en tu casa de Paris, que estás confundida, inquieta y preocupada por el futuro del mundo...
En fin, Mafalda, sé lo suficiente como para saber que seguís viva, viva en el alma, niña como siempre...De parte mía sigo escribiendo siempre, en el valor de la sinceridad, perdiendo oportunidades por manifestar mis ideas. Algunos días estoy triste y deprimido, pero puede siempre más la alegría que la tristeza...El mundo no mejoró mucho desde la época en que vivíamos juntos en nuestra paria. A veces, cuando miro el globo terráqueo encuentro tu mirada, pienso en todos aquellos que lo miran como vos, en los ojos de los que protestan, de los que no se conforman, y de los que viven en la atmósfera del optimismo y de la justicia...Esos ojos, junto a los míos, te desean un buen día, querida amiga, por otros 40 años tan intensos y jóvenes como los que has vivido.

Un beso grande de tu amigo que te quiere como siempre.
Miguelito"

Retirado do livro Utopías- relatos de un sintiempo da Musicoterapeuta Patricia Pellizzari.




17 de mai. de 2015

MUSICOTERAPIA NA SAÚDE MENTAL


A música e seus elementos sonoros são compostos pela junção de várias notas, sons, ruídos e silêncios (pausas), elementos esses que a Musicoterapia utiliza como objeto terapêutico facilitador, que ressoa com os ritmos inatos. Ritmos estes que produzem uma sonorização interna individual, pulsação cardíaca, por exemplo. Assim a música se apresenta como expressão singular em sua dupla dimensão externa e interna, tendo um papel de suma relevância, por constituir-se como um elo entre o mundo interno do paciente e a realidade que o cerca. Com essa singularidade, potenciais criativos podem ser desenvolvidos através da linguagem sonora, reestruturando-se a subjetividade, a autonomia e a cidadania.

O musicoterapeuta trata o individuo por meio da música interna e externa, como uma forma de expressão “normal e única” de suas emoções, seja qual for o quadro clinico que ele apresente. Pois há melodias, sons, ruídos, harmonias, consonâncias e dissonâncias que para ele são importantes e demonstram quem o sujeito é.

A música permite uma forma diferenciada de comunicação, junto a pacientes sofrendo de inibição psíquica ou presa a mecanismos psíquicos de introversão, proporcionando a eles significações e assim, a conscientização do EU. Essa conscientização é etapa fundamental para a construção autônoma do sujeito.


A importância da Musicoterapia no tratamento do sujeito que está em sofrimento psíquico é de uma atuação singular, pois por meio da arte interna onde ocorre a produção sonora através dos elementos musicais que o rodeiam, como a voz, o corpo, os instrumentos musicais e o silêncio. Desta arte, oferece-se ao sujeito a intermediação entre ele e a relação supostamente ameaçadora, além de um acolhimento, despertando, assim, o incentivo à comunicação. A música propicia o rompimento da barreira de incomunicabilidade em uma transformação e aceitação da expressão sonoro-musical, conduzindo ao encontro do Eu, modificando o contexto biopsicossocial.



10 de fev. de 2015

A Música e o seu poder Transformador


A música tem o seu poder transformador!

A atuação da Musicoterapia possibilita o uso da música de uma forma cientifica com o objeto terapêutico de melhorar o todo, em uma equipe multidisciplinar em várias áreas da saúde, educação e na assistência social.

A música não é propriedade da Musicoterapia, o que temos que diferenciar que o simplesmente tocar música é um divertimento, mas a atuação da Musicoterapia é muito mais que isto. Os procedimentos da Musicoterapia tem que ter um embasamento teórico e prático, com técnicas específicas com estudos elaborados dos teóricos especializados em cada área de execução!

A atuação cientifica da Musicoterapia vem desde o inicio da Segunda Guerra Mundial e com o reconhecimento da OMS desde1996.

A música no setting musicoterápico juntamente com os instrumentos (objeto intermediário) constituem um elo para o sujeito entre o mundo interno e a realidade que o rodeia, propiciando a abertura de canais de comunicação inconscientemente.

O inconsciente se lê e se escreve como um poema;
condições poéticas do inconsciente psíquico.
A música é a forma sonora inconsciente que transforma o Eu.

Para Winnicott, a música, assim como qualquer arte, é um fenômeno transicional, que tem a característica de pertencer concomitantemente aos mundos internos e externos, onde ocorre o fruto da imaginação, mas tem também existência na realidade. (apud Costa, 2010)

Como relata Benenzon, as experiências sonoras caracterizam-se pelos momentos vividos desde a gestação até a idade adulta, conceito este que se denomina identidade sonora (ISO). Esta identidade encontra-se em um continuo movimento inconsciente do sujeito, estruturando-se no decorrer do tempo, ajustando “um complexo som-ser humano-som” (Apud Ferari, 2010).  


“O inconsciente é a verdadeira realidade psíquica; em sua natureza mais íntima, ele nos é tão desconhecido quanto à realidade do mundo externo, e é apresentado de forma tão incompleta pelos dados da consciência quanto o mundo externo pelas comunicações de nossos órgãos sensoriais”. Freud.



29 de out. de 2014

O Filme Capturando a Graça





O Filme Capturando a Graça





A história narra sobre um grupo de dançarinos, profissionais ou não, a estarem unidos a ajudar os que estão diagnosticados com Parkinson a explorarem os movimentos corporais por meio da dança, proporcionando assim a diminuição dos movimentos estereotipados (comportamento repetitivo motor), como também demonstrar o prazer do movimento.    
 
A Doença de Parkinson (DP) é uma afecção neurológica degenerativa progressiva, caracterizada por sintomas motores como tremor de repouso, bradicinesia, rigidez muscular e instabilidade postural (ADAMS et al., 2001; TEIXEIRA; CARDOSO, 2004).


A síndrome parkinsoniana subdivide-se em formas primária (idiopática) e secundária (com etiologia infecciosa, traumática, tóxica, entre outras).  A Doença de Parkinson Idiopática (DPI) corresponde a 75% das formas da síndrome, com prevalência estimada de 100 a 200 casos por 100.000 habitantes e incidência crescente com o avançar da idade (TANNER et al, 1996; TEIVE, 1998).

Vejam no link todas as informações completas sobre o filme: http://ht.ly/DmG5c


28 de set. de 2014

Seminário Nacional Música e Saúde




O Seminário foi realizado nos dias 12 a 14 de Setembro em comemoração ao Dia do Musicoterapeuta que é no dia 15/09.

O encontro teve o objetivo de expor, analisar e debater temas relacionados à cultura, saúde e o desenvolvimento humano por meio da música e de seus elementos sonoros. Com rodas de conversa, mesas redondas, exposição de trabalhos por meio de palestras e painéis com diversos temas. Os especialistas participantes foram de grandes nomes de profissionais da área da Música, Psicologia, Pedagogia, Fonoudiologia, Terapia Ocupacional, Medicina e da Musicoterapia, de vários estados e cidades do Brasil, como:

Os Musicoterapeutas Ana Carolina, Clara Piazzetta, Wanderley Jr., André Pereira Lindemberg, Ludmila C. S. Poyares, Gisele Furusava, Doralice Otaviano e Gustavo Gattino;
Os Músicos Andreson Mengatto,
A Terapeuta Ocupacional Maria Angela Barreira;
As Fonoaudiólogas Flávia Araujo e Claudia Navarro;
A Neuropediatra Déborah Kerches.
entre outros profissionais...

Foi com enorme gratidão ter participado do evento como componente de duas mesas redondas falando sobre “A inserção da música como ferramenta terapêutica em instituições da saúde e suas práticas hospitalares” e “Música, Cognição e Desenvolvimento Humano”, com grandes profissionais adquirindo experiência e conhecimentos diversos como também reencontrar profissionais e amigos tão queridos que não os via a muitos anos.

Parabenizo aos organizadores do evento Hilara Crestana e seu esposo Àriston Batista pelo grande sucesso, como também de estar agregando a este encontro e reencontro a difundir a Musicoterapia pelo Brasil.


Que venham outros Seminários!!!...

Site do evento: http://www.musicasaude.com.br/

Albuns do evento: 

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.272497782949961.1073741837.173176459548761&type=3

https://www.facebook.com/musicasaude?fref=ts




31 de ago. de 2014

14º World Congress of Music Therapy 2014 - Krems an der Donau - Austrian





O Congresso Mundial de Musicoterapia foi realizado em julho na cidade de Krems an der Donau – Áustria

O evento reuniu mais de 1200 participantes contando com profissionais, estudantes e simpatizantes da musicoterapia sendo estes de 45 diferentes países, nos dias 7 a 12 de julho na “IMC University of Applied Sciences Krems”.

O Brasil esteve representado tanto em apresentações orais, pôsteres e sessões intituladas “spotlight sessions” (as quais eram destinadas a todos os paticipantes do congresso onde os musicoterapeutas Lia Rejane M. Barcelos fala sobre “As diversas tradições e culturas” e Renato T. Sampaio apresenta sobre “Pesquisas em Musicoterapia”). Havendo também no congresso maior adesão dos grandes nomes da musicoterapia internacional como Cheryl Dileo, Amelia Oldfield, Kenneth Aigen, Brynjulf Stige, Diego Shapira, Raquel Siqueira e Claudia Zanini.

Foi gratificante estar participando pela primeira vez do Congresso Mundial, onde adquiri conhecimentos dede a diversidade cultural como as perspectivas de pesquisas e atuações na musicoterapia pelo mundo. Evidenciando no caderno de programação um número muito grande de trabalhos sendo expostos e explanados sobre o mesmo tema que ocorriam nos mesmos horários, dificultando a participação.

Houve também o anuncio da nova diretoria da World Federation of Music Therapy de 2014 a 2017.

Presidente: Amy Clements-Cortes
Comissão: *Educação e Formação – Dra. Sumathy Sundar
                  *Prática Clínica – Dr. Daniel B. Tague
                  *Publicações – Dra. Melissa Mercadal-Brotons
                   *Intervenção na Crise Global – Dra. Genne Ann Behrens
                   *Acreditação e Certificação – Dra. Dena Register
                   *Pesquisa e Ética – Dra. Claudia Zanini
                   *Relações Públicas – Ms. Rose Fienman
                   *Organizador do Congresso Mundial – Ms. Michiko Kato




Como também foi anunciado que em 2017 haverá o nosso próximo Congresso Mundial no Japão, que se realizará no mês de julho.

As palavras do musicoterapeuta Gustavo Gattino, são as minhas palavras “Conforme a frase do colega argentino Gabriel Federico, o ano de congresso mundial é algo muito especial. No meu caso, é como uma copa do mundo ou uma olimpíada pela reunião de tantos países em uma única causa apenas, só que ao invés do esporte as pessoas estão conectadas pela musicoaterapia. Posso dizer que participar de um mundial vale cada centavo guardado e cada economia realizada. Incentivo a todos os estudantes e profissionais para que pensem seriamente nesta possibilidade. É uma oportunidade de compartilhar, ouvir, aprender e celebrar. Muito obrigado a todos os colegas que celebraram junto comigo durante o congresso e espero poder revê-los no Japão em 2017.” (sic)

clique no link a baixo e veja o vídeo:



Abraços e espero conhece-los também no próximo Congresso Mundial de Musicoterapia!


   

10 de mai. de 2014

MUSICOTERAPIA - "A SINFONIA DA VIDA"





"A Sinfonia da Vida" demonstra nitidamente que o ser humano possui uma música individual que já é produzida dede o feto. 
Quando digo aos meus pacientes, durante as sessões de musicoterapia, que o que estamos vivenciando é a produção sonora de quem e o que somos, estamos compondo a orquestra da nossa vida!....

Som é uma oscilação mecânica, que compreende perturbações no ambiente, na forma de ondas, que vibram a qualquer partícula elementar do universo e são percebidas através das alterações na pressão atmosférica. São capazes de estimular o sistema auditivo e corporal, com uma ocorrência repetida dentro de uma certa freqüência, “A vibração é uma característica física” (Wisnik, 2001; Lent, 2005; Carrer, 2007).
O som se propaga, em maior velocidade, nos meios sólidos, e é um sinal que passa através da matéria modificando-a e inscrevendo nela, de uma forma fugaz, o seu desenho. Ao se emitir um som contínuo, a quantidade de energia sonora ocorre em inúmeros ciclos de variação de amplitude, mantendo-se constante, representando a densidade de
partículas em movimento.
Com o aumento na intensidade do som, as vibrações produzem as chamadas ondas sonoras (Lent, 2005). Essas vibrações têm uma grande influência no ser humano, tanto do ponto de vista físico, por meio das ondas sonoras de baixa freqüência, que penetram no corpo através da pele, quanto aos efeitos psíquicos provocados pelo repertório musical e pelas vibrações sonoras, selecionadas para a aplicação das práticas musicoterapêuticas (Wisnik, 2001; Carrer, 2007).
As vibrações percebidas são capazes de estimular o sistema auditivo, provocando uma percepção auditiva, como tons, ritmos, timbre de diversos instrumentos (Lent, 2005). Os tons das escalas musicais são frequências que diferem por intervalos musicais determinados, segundo as preferências culturais de cada povo e de cada época histórica (Carrer, 2007).
O movimento das partículas transporta e transmite a vibração que é transmitida para a atmosfera sob a forma de uma propagação ondulatória, que o nosso ouvido é capaz de captá-lo e que o cérebro a interpreta, dando-lhe configurações e sentidos. Pode-se notar também diferentes sons musicais e ruídos, embora sejam muito parecidos. Quando falamos em música, há várias ondas sonoras sobrepostas de forma organizada; já os ruídos são grupos complexos de ondas sonoras, emitidas de forma desorganizada, estranhos à nossa audição, sendo muitas vezes desagradáveis (Carrer, 2007).
Segundo Bruscia (2000), 
“a música é uma instituição humana na qual os indivíduos criam significação e beleza através do som, utilizando as artes da composição, da improvisação, da apresentação e da audição. A significação e a beleza derivam-se das relações intrínsecas criadas entre os próprios sons e das relações extrínsecas criadas entre os sons e outras formas de experiência humana. Como tal, à significação e a beleza podem ser encontradas na música propriamente dita (isto é, no objeto ou produto), no ato de criar ou experimentar a música (isto é, no processo), no músico (isto é, na pessoa) e no universo”.